Um profissional de TI experiente é alguém que tem excelência em tudo que faz. É alguém capaz de tomar decisões rapidamente, entender um problema, intuir e agir produzindo um resultado muito bom sem demandar um grande esforço. Parece algo inato e difícil de conseguir, mas na realidade não é. Os mais experientes tem uma postura e método diferentes daqueles que evoluem muito pouco e não sabem o porquê.
A experiência em si é a presença do profissional em várias situações do trabalho: crises de infraestrutura, negociações com fornecedores, problemas com prazo e escopo de projetos, clientes problemáticos, quedas de performance, bugs de software, problemas de requisitos, etc. O contato com esses objetos e as suas representações na nossa mente é que determinam a experiência. A experiência proporciona informações que podem nos fazer melhorar. Podem porque não necessariamente nos fazem melhorar. Para melhorarmos, esta deve ser acompanhada por algo que nos torne excelente. Algo que dependa exclusivamente do profissional. Quando pensamos após uma experiência, estocamos mais um episódio da nossa vida. A sua análise crítica permite o estoque de novos conhecimentos. Ficamos assim mais sábios. Mais na frente, diante de uma experiência semelhante, sacamos o episódio e todo o conhecimento resultante da crítica, e o aplicamos da melhor forma possível diante da situação.
Há algum tempo, enviei uma comunicação sobre uma mudança num sistema que afetaria um cliente. O conteúdo descrevia o que estava sendo feito para minimizar os riscos. Sem perceber, mencionei as ações a serem feitas a posteriori e recebi uma resposta agradecendo pela antecipação aos problemas. A palavra “antecipação” ficou gravada na minha memória e literalmente "caiu a ficha". Percebi que sempre explicitar nas comunicações os próximos passos, mesmo que replanejados no futuro, aumenta a percepção de controle e de uma melhor gestão. Pois a atividade parece ser conduzida por alguém com uma maior bagagem, alguém mais experiente. Guardei esta técnica e atualmente faço isso sem perceber em todas as minhas comunicações. Ou seja, a experiência só foi útil porque decidi mudar e explorar a forma da minha comunicação.
Os profissionais experientes utilizam o dia-a-dia para explorar ao máximo as suas experiências. Por exemplo, durante um problema na performance de um banco de dados, um técnico interage com uma solução de storage. Este poderia resolver o problema acionando o fornecedor - previsto em contrato - sem explorar o que aconteceu em detalhes. Mas pode aproveitar a oportunidade para entender o problema técnico e todos os conceitos, comparar com outras soluções, identificar problemas semelhantes em outro hardware. Pode também explorar os eventos da ocorrência tais como o tempo de identificação do problema, a cortesia no atendimento, o SLA, etc. A crítica da técnica e do episódio podem ser tão detalhadas e aprofundadas quanto se queira, e quanto mais se explora, mais conhecimento profissional se adquire. A crítica do episódio, sequência de eventos, tem um outro produto: o contexto.
O contexto de uma determinado episódio é o conjunto de todas as circunstâncias que o cercam. É por exemplo, o fato do cliente ter razão ou não, ou se está apenas argumentando; é entender que existe uma questão política; é perceber que o problema é de definição e não de execução ou admitir que você está errado e se posicionar como tal. O profissional experiente entende melhor o contexto e o seu curso de ação é baseado neste entendimento. Por exemplo, a comunicação detalhada das causas raízes de um problema de infraestrutura se aplica dentro de TI, mas o bom senso recomenda reduzir o volume de informações para comunicações externas a TI. Nesse caso, vale a regra: quanto menos informação, melhor. Pois o cliente interno desconhece a tecnologia e provavelmente qualquer crítica será destrutiva e só amplificará o problema. O que é adequado para um contexto, pode não ser para outro. Capturar esses nuances não é tarefa fácil e requer muita análise crítica e comparação com conceitos existentes.
Os profissionais experientes entendem melhor todas as variantes da mesma situação e as associam aos conceitos. Problemas são associados a gestão de crises e análise de causa raiz. Quedas de performance são associadas a plano de capacidade, SLA e equipes de alta performance. Problemas de projetos são associados a gestão de escopo, a gestão de prazo e custos. É sempre possível associar alguma situação a um conceito e resgatá-la no futuro. A associação com o conceito permite uma comparação entre as melhores práticas e a ação. O profissional experiente faz isso num piscar de olhos, resgatando os seus antigos episódios e conceitos relacionados.
Podemos concluir que um profissional de TI experiente não é necessariamente alguém "velho" pois a experiência vem muito mais da reflexão do que da kilometragem. Este parece possuir um estoque de conhecimentos interminável pois está sempre aprendendo com todas as situações. Explora a técnica em detalhes ao mesmo tempo que determina o contexto de cada situação de trabalho. Mentalmente associa as situações aos conceitos e os desvios desses batimentos determinam as suas ações. Lê bastante mas entende que a leitura por si só não é origem do conhecimento mas somente a reflexão sobre o que lê e a sua utilização prática faz dele um pessoa mais experiente.
A experiência em si é a presença do profissional em várias situações do trabalho: crises de infraestrutura, negociações com fornecedores, problemas com prazo e escopo de projetos, clientes problemáticos, quedas de performance, bugs de software, problemas de requisitos, etc. O contato com esses objetos e as suas representações na nossa mente é que determinam a experiência. A experiência proporciona informações que podem nos fazer melhorar. Podem porque não necessariamente nos fazem melhorar. Para melhorarmos, esta deve ser acompanhada por algo que nos torne excelente. Algo que dependa exclusivamente do profissional. Quando pensamos após uma experiência, estocamos mais um episódio da nossa vida. A sua análise crítica permite o estoque de novos conhecimentos. Ficamos assim mais sábios. Mais na frente, diante de uma experiência semelhante, sacamos o episódio e todo o conhecimento resultante da crítica, e o aplicamos da melhor forma possível diante da situação.
Há algum tempo, enviei uma comunicação sobre uma mudança num sistema que afetaria um cliente. O conteúdo descrevia o que estava sendo feito para minimizar os riscos. Sem perceber, mencionei as ações a serem feitas a posteriori e recebi uma resposta agradecendo pela antecipação aos problemas. A palavra “antecipação” ficou gravada na minha memória e literalmente "caiu a ficha". Percebi que sempre explicitar nas comunicações os próximos passos, mesmo que replanejados no futuro, aumenta a percepção de controle e de uma melhor gestão. Pois a atividade parece ser conduzida por alguém com uma maior bagagem, alguém mais experiente. Guardei esta técnica e atualmente faço isso sem perceber em todas as minhas comunicações. Ou seja, a experiência só foi útil porque decidi mudar e explorar a forma da minha comunicação.
Os profissionais experientes utilizam o dia-a-dia para explorar ao máximo as suas experiências. Por exemplo, durante um problema na performance de um banco de dados, um técnico interage com uma solução de storage. Este poderia resolver o problema acionando o fornecedor - previsto em contrato - sem explorar o que aconteceu em detalhes. Mas pode aproveitar a oportunidade para entender o problema técnico e todos os conceitos, comparar com outras soluções, identificar problemas semelhantes em outro hardware. Pode também explorar os eventos da ocorrência tais como o tempo de identificação do problema, a cortesia no atendimento, o SLA, etc. A crítica da técnica e do episódio podem ser tão detalhadas e aprofundadas quanto se queira, e quanto mais se explora, mais conhecimento profissional se adquire. A crítica do episódio, sequência de eventos, tem um outro produto: o contexto.
O contexto de uma determinado episódio é o conjunto de todas as circunstâncias que o cercam. É por exemplo, o fato do cliente ter razão ou não, ou se está apenas argumentando; é entender que existe uma questão política; é perceber que o problema é de definição e não de execução ou admitir que você está errado e se posicionar como tal. O profissional experiente entende melhor o contexto e o seu curso de ação é baseado neste entendimento. Por exemplo, a comunicação detalhada das causas raízes de um problema de infraestrutura se aplica dentro de TI, mas o bom senso recomenda reduzir o volume de informações para comunicações externas a TI. Nesse caso, vale a regra: quanto menos informação, melhor. Pois o cliente interno desconhece a tecnologia e provavelmente qualquer crítica será destrutiva e só amplificará o problema. O que é adequado para um contexto, pode não ser para outro. Capturar esses nuances não é tarefa fácil e requer muita análise crítica e comparação com conceitos existentes.
Os profissionais experientes entendem melhor todas as variantes da mesma situação e as associam aos conceitos. Problemas são associados a gestão de crises e análise de causa raiz. Quedas de performance são associadas a plano de capacidade, SLA e equipes de alta performance. Problemas de projetos são associados a gestão de escopo, a gestão de prazo e custos. É sempre possível associar alguma situação a um conceito e resgatá-la no futuro. A associação com o conceito permite uma comparação entre as melhores práticas e a ação. O profissional experiente faz isso num piscar de olhos, resgatando os seus antigos episódios e conceitos relacionados.
Podemos concluir que um profissional de TI experiente não é necessariamente alguém "velho" pois a experiência vem muito mais da reflexão do que da kilometragem. Este parece possuir um estoque de conhecimentos interminável pois está sempre aprendendo com todas as situações. Explora a técnica em detalhes ao mesmo tempo que determina o contexto de cada situação de trabalho. Mentalmente associa as situações aos conceitos e os desvios desses batimentos determinam as suas ações. Lê bastante mas entende que a leitura por si só não é origem do conhecimento mas somente a reflexão sobre o que lê e a sua utilização prática faz dele um pessoa mais experiente.